Bora falar do casamento...

Quem estiver de sacola cheia de tanto ouvir falar no casamento real pode parar por aqui e voltar no próximo post. Mas não tem jeito, o assunto do dia é mesmo a união do Príncipe William e a linda plebéia Kate Middleton.

Deixarei de lado todo o debate político envolvendo a monarquia e irei me concentrar no conto de fadas do século XXI. A linda moça de família simples se casando com o nobre príncipe, deixando a igreja numa linda carruagem com detalhes em ouro puxada por cavalos brancos... (E dei um longo suspiro...) Atire a primeira pedra a garota que nunca, nunquinha na vida, assistiu um filme da Disney e sonhou com isso...

A Kate não só sonhou. Ela foi lá, se matriculou na mesmíssima Universidade daquele príncipe que estava no pôster afixado no seu quarto e reforçou a tese do "querer é poder". Kate não: princesa Catherine.



Mas vamos falar do vestido, da maquiagem e dos looks dos convidados...

A noiva brilhou absoluta em um lindo vestido branco, com mangas em uma renda lindíssima e um decote em V que era suficientemente recatado, mas que mostrava sim um pouquinho de pele. O véu, magnífico, com bordados também em renda, foi preso junto à uma tiara emprestada pela Rainha Elizabeth II. Aliás, essa é uma jóia Cartier, que pertenceu primeiramente à Rainha Mãe. Os brincos, também lindíssimos, foram presentes dos pais de Kate, e feitos sob encomenda para ornarem perfeitamente com a tiara.





Depois de muita especulação, confirmou-se que o desenho do modelo era mesmo de Sarah Burton, diretora de criação da grife de Alexander McQueen. Com essa escolha, Kaete provou que é possível sim unir tradicionalismo e contemporaneidade. O vestido, lidíssimo, recebeu elogios de fashionistas e leigos que assistiram o evento pela TV.



O cabelo de Kate foi a única coisa me deixou um pouco desapontada. Sei que ela tem lindas madeixas, mas acredito que até o modelo do vestido pedia uma cabelo preso. É minha opinião, e sei que tem muita gente que vai discordar... De qualquer forma, ela estava linda.

A make... Todo um bafafá dava conta de que ela mesma se maquiaria no dia de hoje. E parece que foi isso mesmo que aconteceu. Fato é que ela não inovou muito: contorno dos olhos bem marcado com lápis pretos, linha d’água com lápis cor da pele, pouca sombra, cílios discretos. Na bochecha, um blush rosado nas maças e outro mais escuro seguindo em direção às têmporas. Nos lábios, batom rosadinho, provavelmente com um gloss por cima. Bem fiel ao seu estilo de sempre.



Entre os convidados, toda sobriedade que o evento pedia. As mulheres, todas com trajes discretos e elegantes, na altura do joelho, apostaram nos belos chapéus para se destacar.


A rainha, toda de amarelo, elegantérrima, sempre com sua fiel bolsa.




Camila, a duquesa da Cornoália (parece gozação), até que estave bem, mas tenho implicância com ela para toda a vida.



A irmã de Kate, Pipa, arrasou como dama de honra, em um vestido lindíssimo também assinado por Sarah Burton. Era branco, para não se destacar das daminhas e da própria noiva (e não para disputar, que fique claro).


 A mãe da noiva também estava discretíssima, mas muito elegante.


A alfinetada vai para Victória Beckham, que arrasou no chapéu do aclamado chapeleiro Philip Treacy e no salto altíssimo Loubotin. O vestido azul marinho de corte impecável, desenhado pela própria Victória, era sim muito elegante, mas sua intenção era claramente disfarçar a gravidez da senhora Beckham. Sempre neurótica com seu corpo, ela já declarou que se sente totalmente desconfortável com a barriga, e faz de tudo para não mostrá-la. Fala sério...



E como nos contos de fada da Disney, as primas feias também deram as caras... Beatrice e Eugine , filhas do Príncipe Andrew e super polêmica Fergie, usaram modelitos para lá de “exóticos”, provando que nobreza e bom gosto nem sempre andam juntos.



Felicidade ao lindo casal e que o final desta vez seja bem feliz!



Testei: Lápis para Sobrancelhas Yes! Cosmetics

A Yes! Cosmetics lançou recentemente um lápis específico para a correção das sobrancelhas. À exemplo de outras marcas que já disponibilizavam este tipo de produto, a Yes! desenvolveu um lápis de cor considerada “universal” e que pode ser aplicado em diferentes tipos e tons de pele.






As sobrancelhas bem delineadas desfilaram nas coleções outono/inverno da Fashion Rio e São Paulo Fashion Week. É tendência e, em minha opinião, é bonito. Achava aquela coisa de sobrancelha apagada do inverno passado um horror. Mas cuidado: nem taturana, nem descolorida. Definição é a palavra chave. O rosto da mulher ganha mais vida se a sobrancelha estiver em dia! E muitas vezes, só a pinça não é suficiente. Tem que rolar todo um truque de preenchimento de falhas e regularização do formato.

Minha sobrancelha sempre foi fininha, mirradinha, apagadinha, falhadinha, e mais alguns “inhas” que puderem imaginar. Confesso que normalmente prefiro preenchê-las com pincel chanfrado e sombra, pois acho que o resultado fica mais natural. Os lápis para definição que já havia testado sempre deixavam um aspecto carregado demais. Mesmo assim, ao receber o lápis da Yes!, resolvi testá-lo de “coração aberto”. E tive uma grande e positiva surpresa!

Para começar, a tampinha vem com uma escovinha super prática para pentear os fios. E ela trabalha direitinho. Na hora de carregar na nécessaire, você pode dispensar a escova de sobrancelhas e levar apenas o lápis. Praticidade é algo que adoro.



A cor é um bege acinzentado, que a marca chama de “universal”. Em mim, fundiu-se perfeitamente com a cor dos cabelinhos. Mas sinceramente, não me arriscaria a dizer que pode ser usado pelas loiríssimas. Só vendo mesmo para ter certeza. Acho que do meu tom para os mais escuros funciona para todo mundo.




O lápis não é muito pigmentado, mas isso é bom, pois a aplicação fica mais fácil. Como “solta” a cor aos poucos, o risco de carregar demais diminui. O resultado final ficou muito sutil e natural. A sobrancelha ganhou contorno e definição sem aspecto “fake”. A durabilidade também surpreendeu. Venceu um dia quente com bastante dignidade.



Antes

Depois



Acho que um “contra” do lápis, é a necessidade de estar sempre bem apontadinho para deixar um efeito bacana. Ou seja, um apontador torna-se companheiro obrigatório.

Gostei muito e achei super prático para o dia-a-dia. Não, eu não vou abandonar a dupla pincel chanfrado + sombra, mas acho que o lápis da Yes! é uma excelente opção para os dias de correria!


Você sabe que demaquilantes usar?

Tão importante quanto se montar na produção, é retirar toda a maquiagem ao final do dia. Ao contrário do que muita gente pensa, se maquiar não faz mal para a pele. A agressão acontece quando você vai dormir de make, impedindo sua pele de respirar. Não limpar o rosto corretamente pode provocar desde irritações na pele e nos olhos, até processos cumulativos que culminam em problemas como acne e envelhecimento precoce.

Se engana quem pensa que é só tomar um banho ou lavar o rosto que o problema estará resolvido. Hoje, muitos dos produtos que utilizamos tem uma proposta de “longa duração” ou são à prova d’água. Água e sabão sozinhos não dão conta do recado. Para eliminar todos os resíduos, você precisará lançar mão das ferramentas certas.




Existem muitos bons produtos no mercado, com diferentes indicações, para diferentes tipos de pele. E cada mulher pode ter seu ritual. O que importa é saber como escolher o seu. Qualquer que seja sua escolha, é bom ter em mente que demaquilar-se demanda paciência. Mas o esforço vale à pena.


Demaquilantes para os olhos

As pálpebras possuem uma pele extremamente sensível à qualquer tipo de agressão (do tipo ficar esfregando para tirar aquela máscara que mais parece uma super cola). E esta é justamente a região onde aplicamos mais cor, o que a torna a mais difícil de deixar limpinha. O ideal é usar produtos bi-fásicos específicos. Eles retiram toda a make sem agredir a pele sensível da região, irritar os olhos e ainda, de quebra, concedem um pouco de hidratação. Não se esqueça de limpar também a linha d’água quando usar lápis de olho. Um contonete embebido no demaquilante ajuda a alcançar os cantinhos. O produto mais famoso da categoria é o Bi-fácil da Lâncome, que é imbatível para retirar máscaras teimosas. Outras boas alternativas sãos os bifásicos da Mary Kay e Make B. do Boticário. Mas existem muitas opções no mercado.



Existem cremosas para os olhos, como a da Avon. Na minha opinião elas não são eficientes como as bifásicas. Outro reclamação comum sobre esta versão é a de que deixam a visão embaçada por alguns minutos. Já aconteceu comigo e detesto a sensação de ter creme dentro dos olhos.

Outra dica interessante, especialmente para as meninas que tem freqüentes irritações nos olhos como eu: após usar o demaquilante, procure lavar com shampoo Johnson’s. E isso não é só crendice não. Já conversei com meu oftalmologista e realmente é ótimo para retirar os últimos resquícios de impurezas e produtos que se prendem aos cílios, evitando assim alergias ou infecções. É hipoalergênico, tem o mesmo PH da lágrima e não arde nadinha. De quebra, ainda retira toda a oleosidade que fica na pálpebra. Mas atenção, o shampoo é um complemento. Não espere milagres dele.




Demaquilando a pele

Como eu já disse, não adianta: só sabonete não dá jeito no carão maquiado. Não adianta chorar, espernear, porque mulher tem mesmo que dedicar um tempinho para cuidar da pele. O ideal é você usar um produto específico, depois lavar com um sabonete adequado ao seu tipo de pele e finalizar com o hidrante ou creme de tratamento indicado pelo seu dermatologista. Isso é o ideal, ok? Se rolar uma preguiça, pelo menos demaquilar, ok?!

As mulheres de pele seca devem preferir os leitosos. Eles devem ser espalhados por todo rosto em movimentos circulares e depois retirados com a ajuda de algodão ou toalhinha bem macia. Isso até que não sobre nenhum resíduo. Pode-se depois enxaguar com água corrente ou borrifar água termal. Boas opções são o Toleriane da La Roche Posay e o Purete Thermale Leite Demaquilante da Vichy (que também são ótimas opções para pele sensível). Ah, e quem tem pele seca pode usar até o mesmo demaquilante bifásico que usa na área dos olhos.



Já as meninas de pele mista ou oleosa devem preferir os demaquilantes líquidos e específicos, com composições livres de óleo e que contenham ingredientes sebo-reguladores, como o Effaclar La Roche. As soluções micelares com água termal também são bem eficientes, destacando-se novamente aqui as da La Roche e Vichy, além da cobiçadíssima Créaline H2O da Bioderma. Basta aplicar no algodão e passar no rosto, repetindo o processo até sentir a pele completamente limpa. Como eu disse antes, lavar com sabonete específico é sempre recomendado, mas se rolar uma preguicite pode parar por aí.





E por falar em preguiça, no mercado já estão disponíveis inúmeras marcas de lenços demaquilantes. Alguns são bem eficientes! E são perfeitos para os dias em que falta disposição. Então acabou a desculpa, hem gata? Já mostrei aqui os da Óceane Femme, mas muitas marcas oferecem boas opções.






Só para ressaltar, as indicações de produtos que fiz aqui são baseadas na minha experiência pessoal, mas não significa que são as melhores, nem as únicas opções. São produtos excelentes, de laboratórios sérios, mas existem diversas opções no mercado. Na dúvida, nada melhor do que consultar um bom dermatologista, ok?

Então, espanta a preguiça, e mande embora o panda matinal e a pele irritada. Afinal, no dia seguinte, você quer estar com a "cútis" linda para começar tudo de novo, não quer?!

Bjos


As grandes marcas e suas coleções limitadas

Basta um spoiler no site da marca, fotos inéditas se espalhando por blogs e caixas de e-mails, seguidos por enlouquecidos twitts e links nas redes sociais. Está lançada a nova caça ao tesouro. Ou melhor, à coleção de edição limitada. As grandes empresas de cosméticos lançam incansavelmente itens que se tornam rapidamente objetos de desejo das mulheres. E até marcas mais acessíveis no Brasil também o fazem, como é o caso do Boticário e da Avon. E que atire a primeira pedra a apaixonada por maquiagem que nunca cobiçou aquela embalagem festiva ou temática!




Uma das empresas que mais investe neste nicho de consumidoras afoitas por novidades é a Mac. Difícil precisar quantas coleções foram lançadas nos últimos 12 meses com os mais variados temas. Algumas fizeram sucesso imediato como a Give Me Liberty of London, In The Groove, Venomous Villains e Wonder Woman. Mas mesmo as que não viraram hit absoluto nos blogs alcançaram bons resultados de venda.

As marcas gringas mais luxuosas também lançam coleções. As semanas de moda mais badaladas do mundo são o cenário perfeito para lançar tendências que nascem nos backstages e ganham as ruas em forma de sombras, esmaltes e batons. Chanel, Yves Saint Laurent e Givenchy são alguns bons exemplos.

Sou fã incondicional de bons produtos, e se eles vierem em uma embalagem chiquetoza de uma coleção bacana, melhor ainda. E justamente por isso não entendo a resistência que algumas meninas têm com as coleções. Em comentários no meu e em outros blogs já vi, li e ouvi de tudo. Desde das que acham tudo uma grande bobagem, até aquelas que ficam fulas da vida porque os itens se esgotam rapidamente e nem todas podem ter acesso a eles. Para as últimas eu quero dizer: essa é a idéia.

Coleções são limitadas por uma boa razão. Elas não são para que todos possam consumi-las. O objetivo é que se tornem itens de colecionador, usadas com todo o zelo e carinho por quem realmente é apaixonado por maquiagem. Funciona mais ou menos como os carros que também saem de fábrica com itens exclusivos e um número limitado para comercialização. Se mantidos originais, passados alguns anos, podem valer muito mais do que modelos semelhantes que não fizeram parte de edições especiais. As marcas que utilizam estas estratégias, não pretendem pulverizar seus produtos. Elas buscam um público bem definido.

E agora eu cheguei a um outro ponto... O fenômeno das vendas por e-bay e blogs especializados que conseguem os itens de maquiagem de coleções que já saíram das prateleiras e os vendem por preços bem mais altos. Meninas, a lógica é mesmo daquela que acabei de falar sobre carros. E ainda tem a regra máxima da economia capitalista: a lei da oferta e procura. Quanto mais gente deseja um produto ao passo que há cada vez menos disponibilidade dele no mercado, maior será ser valor comercial. E quem está disposto a pagar por isso, realmente dá valor naquilo que está levando para casa.

Outro dia, num bate-papo que tive com a Lilá, do Tudo Coisa Minha (que oferece muuuitos destes produtos de edição limitada), percebi que muitas consumidoras de maquiagem ainda não entenderam realmente a grande sacada das coleções. Lilá me contava como é difícil encontrar estes produtos para trazê-los para o TCM. É preciso muita dedicação, procura, negociação e, claro,dinheiro. Ainda mais para obter produtos realmente originais, diretamente do fabricante, porque depois que uma coleção sai de circulação pipocam falsificações na internet. Algumas são grosseiras e fáceis de identificar. Outras nem tanto. E por isso é tão importante conhecer de quem se compra. Depois dessa conversa, fiquei pensando que realmente estes produtos tem um valor especial. E que merecem um cantinho igualmente diferenciado nas minhas gavetinhas de make. E acho que todas nós devíamos pensar assim.

Então, todas as vezes que se depararem com coleções novas ou produtos de coleções passadas, pensem com carinho e dêem o devido valor à ele, ok?!

Bjos

Atualização (28/02/2012): Não mais participo do TCM/Tudo Coisa Minha.


A polêmica Pele Mania da Arezzo

A grande maioria de vocês já deve estar ciente da polêmica causada pela coleção Pele Mania da Arezzo. A semana curta que antecede o feriadão foi marcada por discussões que começaram fazendo muito barulho nas redes sociais como Twitter e Facebook e acabaram ganhando páginas de jornais e revistas.

Para quem ficou de fora, aí vai o (meu) resumo da ópera...

Entre os lançamentos de sua coleção Outono/Inverno, a Arezzo incluiu uma linha com detalhes felpudos, na qual foram utilizadas peles VERDADEIRAS de raposas e coelhos. Ao que parece, não eram muitos itens, mas o suficiente para qualquer ser humano com um pouquinho de consciência ambiental se contorcer.


Peças da coleção Pele Mania da Arezzo com pele verdadeira 


Botando a cachola para funcionar, deixei num primeiro momento o ambientalismo de lado e pensei na questão comercial. Eu gostaria de saber quem foi o gênio que teve a brilhante idéia de inserir a pele de animal no inverno brasileiro. Um estola de pele de raposa?! Num país tropical?! Hein?! Sim, pois tirando o estados do sul que atingem temperaturas bem baixas (ainda assim, raramente abaixo de zero), em nenhum outro lugar do país seria possível usar algo tão quente mais do uma ou duas vezes na vida. E aí a Arezzo anuncia que a coleção é o “"hit glamuroso da temporada” e que “não pode faltar no guarda-roupa da fashionista". O presidente do grupo, Anderson Birman, ainda reafirma em entrevista à Folha de São Paulo: "Em todos os editoriais de moda de todas as revistas do mundo, inclusive nas brasileiras, esse fenômeno do uso de peles está sendo veiculado. Todas as marcas estão usando, é um tendência forte". Sim, senhor Birman, lá fora, ao olhar pela janela e ver as ruas cobertas de neve, deve ser mesmo muito gostoso o calorzinho de um casaco felpudo. De preferência sintético. Por aqui, dá gastura só de pensar.

Lá fora, embora eu discorde, é possível visualizar porque algumas grandes marcas ainda insistem nas peles. Há toda uma cultura que atravessa séculos, que envolve temas como status e luxo. Se no princípio as peles eram usadas para que as pessoas se protegessem do frio rigoroso no hemisfério norte, com o passar do tempo, essas peças foram se tornando sinônimo de glamour. Até que entrou em jogo uma tal de consciência ambiental e mudou tudo. Será que os setores de pesquisa, desenvolvimento e marketing da Arezzo não tiveram acesso às mesmas informações divulgadas aqui pela Veja São Paulo em fevereiro deste ano?

E agora vou para o argumento que causou mais polêmica, que também foi o que mais mexeu comigo. Por que raios, em tempos de amplos debates sobre sustentabilidade e preservação da natureza, uma empresa brasileira aceitaria o risco de ser apedrejada por lançar produtos com peles verdadeiras? Algum diretor de marketing da Arezzo já ouviu falar da luta contra a crueldade com animais? E de como, a cada dia, mais e mais pessoas se tornam simpatizantes da causa?

Particularmente, sou apaixonada por animais e não consiguiria em hipótese nenhuma vestir qualquer peça das que foram lançadas. E que não venham me chamar de hipócrita porque como carne vermelha e uso sapatos de couro bovino, e sou contra o uso de peles de raposa ou pingentes de pelo de coelho. Cada pingo no seu “i”. Infelizmente, sou um animal, e abaixo de mim na cadeia alimentar estão outros animais como o boi. Admiro muito e verdadeiramente os vegetarianos e veganos, mas eu ainda não consegui me desvencilhar do lado mais animal da minha natureza humana. Embora eu não suporte pensar na dinâmica de um frigorífico, eu sou geneticamente programada para buscar fontes de proteína animal. O que é totalmente diferente de vestir uma pele de raposa só para ter status. Eu não PRECISO da pele para me aquecer, pois existem outras formas de fazê-lo. A pele sintética hoje é tão macia e quente quanto a outra. Os homens das cavernas matavam os animais, comiam sua carne e vestiam suas peles. Era NECESSIDADE. Por que uma madame precisaria vestir a tal estola? Senhor Birman diz que é para estar na moda...

E fechando com chave de ouro toda a pataquada, diante da pressão, a Arezzo resolve retirar de suas lojas todos os produtos com pele de rapoza (as de pele de coelho ficaram, viu meninas?!). E solta o seguinte comunicado:


"Prezados consumidores,


A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios.
Por isso, vimos por meio deste nos posicionar sobre o episódio envolvendo nossas peças com peles exóticas – devidamente regulamentadas e certificadas, cumprindo todas as formalidades legais que envolvem a questão.
Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa.
Um dos nossos principais compromissos é oferecer as tendências de moda de forma ágil e acessível aos nossos consumidores, amparados pelos preceitos de transparência e respeito aos nossos clientes e valores.
E por respeito aos consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo em todas as nossas lojas do Brasil as peças com pele exótica em sua composição, mantendo somente as peças com peles sintéticas.
Reafirmamos nosso compromisso com a satisfação de nossos clientes e com a transparência das atitudes da Arezzo.


Atenciosamente,
Equipe Arezzo"


Alguém aí notou a frase: “Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa.” Como não? Se você se dispõe a comercializar peças com pele verdadeira, você também tem que se responsabilizar pelo seu ponto de vista. E papinho para boi dormir essa coisa de respeito aos consumidores. Ficaram com medo do boicote e voltaram atrás. Sequer foram capazes de debater seus argumentos, firmar uma posição, o que é no mínimo deprimente. A marca pode sim fazer o que quiser, escolher seu público alvo e traçar uma estratégia em cima dele. Se acharam que as peles eram uma boa no lançamento, porque voltar atrás tão rapidamente? Só o fizeram porque viram que deram um tiro no pé. Estratégia ruim, repercussão péssima. E ainda sobre a nota, o fato de serem peles regulamentadas e certificadas não apaga o fato de que estas raposas foram mortas APENAS para fornecerem suas peles. E que tirar os produtos das prateleiras, não apaga a crueldade que já se concretizou.

E quem ainda não viu, leia a entrevista de Birman à Folha. A entrevista do presidente do grupo, deixa bem claro que eles só retiraram os tais produtos das prateleiras por medo de mais barulho e por medo do proclamado boicote que se formou rapidamente nas redes sociais. Nas palavras de Birman: "Essa polêmica toda que acho que deve ter sido feita por ambientalistas de plantão com os quais não vou me expor para debater isso(...) Eu recuei justamente para não entrar numa rota de debate disso, tirando o foco da nossa coleção". E não há nobreza nenhuma neste ato. Foi apenas um gesto para tentar corrigir uma estratégia de marketing totalmente equivocada.

E sim, eu FUI cliente Arezzo. E não, eu NUNCA MAIS comprarei Arezzo. Uma empresa que sequer é capaz de manter um ponto de vista, não merece o meu dinheiro.


Sorteio vale-compras no valor de R$200 na Sack's

A brincadeira desta vez é a seguinte: quem for a grande sortuda ganhadora do novo sorteio do Anyway vai levar um vale compras no valor de R$200,00 em QUALQUER produto que escolher no site da Sack's. Pode ser um único produto, ou dois, ou três... Até o valor máximo estipulado. É uma ótima chance para colocar de vez na sua necessaire o que você tanto sonha!




Para participar você precisa:

  • Seguir publicamente o blog.
  • Ser seguidora também no twitter: @makeupanyway .
  • Preencher corretamente o formulário.
  • Quem twittar divulgando o sorteio ganha uma inscrição extra. (Não se esqueça de colocar o link no formulário)
  • Quem Curtir a página do Anyway no Facebook ganha mais uma incrição extra. Basta preencher o nome do perfil  utilizado.
Você pode ter suas chances triplicadas e ainda ficar conectado com todas as novidades, atualizações e papos do Anyway!




Tá esperando o que?! A data do sorteio foi prorrogada. O sorteio acontece no dia 09 de Maio!!!

**A Sack's não possui qualquer ligação com o sorteio realizado, sendo este de única e total responsabilidade do blog Anyway


Anyway também no Facebook

Olá meninas!

Vim contar para vocês que o Anyway agora também tem um espacinho no Facebook. Ganhamos um novo cantinho para discutir feminices, trocar idéias e fazer amizades. Além disso, claro, todas as atualizações do blog estarão linkadas por lá.



E você tá esperando o que para Curtir?!?


Sombra Mac Vainglorious

A sombra Vainglourious da coleção Venomous Villains da Mac não ganhou status de "queridinha da blogosfera", mas conquistou as consumidoras que tiveram contato direto com ela. Por ser um produto de edição limitada, não está mais disponível nas lojas Mac lá fora  e esta coleção nem chegou a vir para o Brasil. Encontrá-la à venda é uma tarefa difícil, mas consegui arrematar esta raridade no Tudo Coisa Minha .



Alguns produtos de coleções da Mac são reedições de outros que já estão na linha permante. Entre os que estiveram na Venomous Villains, por exemplo, a sombra preta hit da marca, a Carbon, apareceu na embalagem promocional da coleção que homenagiava os grandes vilões da Disney. Não é o caso da Vainglourious. Ela não está na linha permanente, o que a torna ainda mais rara.  Nesse ponto seguimos uma outra reflexão. Muitos consumidores se irritam com estas limitações, sem se darem conta de que este é o objetivo do fabricante. Como o assunto é extenso, no próximo post quero discutir mais a fundo a questão das coleções e edições limitadas de cosméticos.

A Vainglourious é uma daquelas sombras difíceis de definir. De acabamento frost (cor média, com brilho iridescente), ela flutua entre os tons de bordô e um marrom terroso, avermelhado, dependendo da técnica utilizada na aplicação.



Observem abaixo a swatches da sombra aplicadas sobre bases diferentes (usei os jumbos Nyx nas cores Black Bean, Dark Brown e Milk):

Da esquerda para direita: sobre base preta, sobre base marrom, sobre base branca e aplicada diretamente sobre a pele.

Aplicada sobre base preta, que pode ser qualquer lápis de olho mais cremoso, ela se aproxima mais da cor que é encontrada na embalagem. Em oposição, quando diretamente sobre a pele, o marrom predomina, mas a cor não perde o brilho e nem a delicadeza de aplicação. Essa versatilidade, é ponto positivo para qualquer sombra, mas sombras de qualidade superior, como as da Mac, saem na frente. Isto porque a textura não se deteriora, e mesma quando aplicada como um único bloco de cor, possibilita efeitos interessantes. É só comprovar no teste que fiz abaixo, diretamente nos olhos. Usei apenas a Vainglourious e uma sombra iluminadora abaixo da sobrancelha e canto interno. E não usei nehum produto como base para ela. Fui intensificando a cor no canto externo, esfumei o côncavo, suavizando a transição e voilà:


Esta sombra apareceu na pronta-entrega do TCM pelo valor de R$40,00, com frete grátis. Um preço incrível para um produto originalíssimo e de edição limitada.  Não sei se ela aparecerá por lá novamente, mas aconselho ficarem de olho, pois bons produtos da coleção sempre dão o ar da graça.

Bjos

Atualização: Em consequência de experiências vividas por mim e reclamações generalizadas na internet, não recomendo mais o site Tudo Coisa Minha a minhas leitoras que buscam comprar produtos cosméticos e acessórios. Relatos constantes de descumprimentos de prazos e não entrega de produtos, e casos que aconteceram comigo, tornaram-se uma constante. Não participo mais do TCM.


Touche Éclat: o iluminador mágico da YSL

O post de hoje apresentará para vocês um produto que muitas já ouviram falar mas poucas realmente entendem suas funções, os motivos que lhe concederam tanta fama e o porque de ser algo de tanto valor. Estou falando do Touche Éclat Radiant Touch da Yves Saint Laurent. Se fôssemos apenas resumir sua função, diríamos tratar-se de iluminador com tecnologia capaz de captar e refletir a luz, concedendo luminosidade à pele e apagando sinais de fadiga. Mas ele é muito mais do que isso.





Em formato de caneta-pincel, é um grande trunfo contra pequenos defeitinhos que sempre atormentam à nós mulheres. O produto de textura líquida/cremosa, seca rapidamente em contato com a pele, mas sem deixá-la com aspecto enrijecido, ou marcar linhas.





O Touche Éclat é de um dos produtos prediletos de grandes maquiadores e especialistas em make up mundo afora. Seus resultados são sutis e eficientes, mas causam um impacto indiscutível no resultado final.

Fundamental para quem ama maquiagem é possuir conhecimento destes “truques”. Muitas de nós tem a mesma sensação ao ver uma modelo saindo linda de um backstage, ou uma celebridade atravessando o tapete vermelho... A sensação de que apesar de conhecer muitas técnicas, nunca alcançaremos um resultado tão esplendoroso quanto o de um make up feito por um expert. É claro que o talento daqueles profissionais é inquestionável, mas é nos pequenos detalhes, como a aplicação correta de produtos corretos, que mora o pulo do gato.

O valor deste produto começa na sua embalagem. Dourada, sofisticada e extremamente prática. O pincel que fica na ponta da canetinha tem cerdas sintéticas (ideais para produtos cremosos) de excelente qualidade, além de tamanho e formato totalmente adequados para aplicações abaixo dos olhos, vincos e pontos escuros do rosto. A liberação do produto para as cerdas é feito através de um clique na parte inferior da caneta. Basta pressionar uma vez para que a quantidade correta de produto saia. Nem demais, nem de menos. Se você for usar em várias partes do rosto talvez precise de um ”clique” extra. Mas garanto que uma gota do produto rende muito.




É bom entender a diferença entre um corretivo e o Touche Èclat. A intenção deste produto é iluminar, acabar com o ar de fadiga. Entenda “iluminar” como refletir a luz, clarear, e não brilhar como um iluminador como os que usamos nas têmporas ou abaixo das sobrancelhas. Então, ele pode ser usado juntamente com o corretivo. Você deve analisar seu caso. Olheiras profundas provavelmente não serão camufladas apenas com o T.E. Tem quem use primeiro o corretivo, depois o T.E, e vice-versa. Tudo depende do efeito que você procura. Certo apenas é que você deverá usá-lo após a aplicação da base.

Mas quem pensa que ele pode ser usado só na região das olheiras se engana. Ele funciona muito bem quando usado nos cantinhos avermelhados do nariz e no famoso “bigode chinês”, disfarçando claramente a sua profundidade. Ele também pode ajudar na construção da técnica conhecida como contorno de rosto, na qual são usados contrastes de claro e escuro. Você pode iluminar o centro do rosto aplicando-o no parte superior do nariz, e na ponta do queixo. Outro truque, é contornar os lábios por fora, para dar uma impressão de mais volume.

Fiz algumas fotos para que observem algumas das formas como ele pode ser utilizado.


À esquerda, pele apenas limpa, à direita já com aplicação de base

 
À esquerda pode-se ver os principais pontos onde aplico o Touche Éclat buscando eliminar sinais de fadiga. À direita, após espalhar dando leve batidas com o dedo anelar. Note como os as áreas escuras são sutilmente disfarçadas.


Aplicação sobre o osso do nariz e contorno da boca. Os lábios parecem ganhar volume.



Por que comprar o Touche Éclat

As múltiplas funções dessa caneta iluminadora são um dos fatores que justificam seu custo. À título de curiosidade, o Touche Éclat é vendido por US$40 na Sephora americana e à 27,00€ nas lojas francesas. No Brasil, pode ser encontrado na Sack’s por R$169,90. Vocês podem notar que até mesmo lá fora o preço é alto. Mas como puderam perceber, há razões para isso.

Quero lembrar que o mercado nacional já dispõe produtos similares com preços mais acessíveis. É o caso do Flash Iluminador do Boticário (R$54,00) e a Caneta Iluminadora Mary Kay (R$40,00). Acho que são sim uma opção para quem acha o Touch Éclat caro. Alternativa sim, substituto não. São públicos diferentes, produtos diferentes, é bom que fique claro. Só para citar um primeiro argumento que comprova o que estou dizendo, essas marcas oferecem apenas duas opções de cores enquanto o YSL oferece para o Brasil 4 cores (são 7 no exterior). Ou seja, uma boa parte das mulheres certamente não encontrará o tom ideal se procurar algum dos “genéricos”.

Há sobretudo a questão da tecnologia envolvida. A YSL foi a marca precursora deste tipo de produto. Foram necessárias muitas pesquisas, envolvimento de profissionais e tecnologia para chegar à tal fórmula, que reflete luz e tem uma textura tão refinada que pode ser usada antes ou depois da maquiagem pronta, inclusive em retoques durante o dia.

Eu, Vanessa, estou falando isso tudo para que percebam que é muito fácil entender porque algumas marcas praticam determinados preços se não olharmos apenas para nossos bolsos. Elas investem pesado e por mais que pareça duro dizer, buscam um público capaz de valorizar tanto empenho. Há quem discorde, mas esse é meu ponto de vista como blogueira, consumidora e empresária.

Comprei o meu Touche Éclat em um espacinho muito especial de onde vem grande parte das minhas makes, o Tudo Coisa Minha, carinhosamente chamado de TCM. Aliás, já estou há tanto tempo por lá que me arriscaria dizer que grande parte não, quase tudo... O blog, criado pela Lilá, não é uma lojinha virtual, pois você precisa fazer parte de um grupo, que denominamos “alokas”, para poder comprar. Uma verdadeira aloka valoriza muito as amizades feitas naquele espaço. Valoriza também cada produto que lá é disponibilizado. E isso tem total ligação com tudo o que eu disse neste post. Vi que este produto está disponível lá por esses dias a R$100,00. Eu considero um investimento! Economiza-se R$70,00 do preço praticado em lojas e ainda assim você leva um produto incrível para casa.

Consumir cosméticos e moda de forma consciente, depende do conhecimento que você tem sobre o que pretende adquirir, a história das marcas envolvidas e o valor que se dá à isso. Realmente acredito que o que muita gente chama de "futilidade", pode levar o nome de estilo (no seu mais amplo singificado). E é um ramo que movimenta milhões na economia mundial. O TCM é um espaço para pessoas que entendem isso.
Há algum tempo, as mercadorias compradas lá tinham um preço bem abaixo do mercado, mas demoravam mais para chegar. Agora os preços estão mais razoáveis e os produtos estão à pronta entrega ou “semi-pronta entrega”, que demora aí em média uns 45 dias. A Lilá tem feito muitas reformulações para melhor. É um modelo de se comprar mais barato, mas não banalizar o produto. E eu vesti a camisa.

E depois de tanto falar desse produto maravilhoso e quase escrever quase que um manifesto em prol do consumo consciente(rs) vou parando por aqui. Qualquer dúvida, é só me gritar nos comentários.

Grande beijo

Atualização (28/02/2012): Não mais participo do TCM/Tudo Coisa Minha.